domingo, 15 de janeiro de 2012

18º Capitulo - Addicted

Acordei no sábado com o barulho do meu celular vibrando em cima do criado mudo, estiquei meu braço preguiçosamente e olhei no visor que aparecia o nome de Sophia. Resmunguei baixo lembrando que ela iria pegar o Diego para levar ao parque junto com dois priminhos dela que viriam do interior.

‘Oi.’ Atendi o celular ainda de olhos fechados.
‘Te acordei né, amiga? Desculpa.’ Ele fez uma voz culpada e eu ri baixinho.
‘Tudo bem. Já tá vindo?’ Perguntei com a voz arrastada.
‘Já, em meia hora devo passar aí.’
‘Ok. Vou acordar o Diego e arruma-lo.’
‘Tá bom. Beijos!’ Ela desligou o telefone animada e eu botei o celular novamente no criado mudo.
Me espreguicei com cuidado para não acordar Arthur que dormia feito uma pedra ao meu lado, e me abraçava pela cintura. Dei um beijo na ponta do nariz dele sabendo que não o acordaria com aquilo e me levantei devagar. Fui até o quarto de Diego e só então percebi que chovia, aliás, o céu tava quase desabando.
‘Hey, príncipe.’ O chamei baixinho e ele abriu os olhos lentamente, sorrindo pra mim. ‘A tia Soph já já passa aqui pra te pegar.’ Falei carregando-o.
‘Tio Micael!’ Ele sorriu animado.
‘O tio Micael também vem!’ Falei tentando ser tão animada quanto ele, mas àquela hora era meio impossível. ‘Vamos tomar banho e se arrumar?’ Perguntei sorrindo e ele concordou.

Em um pouco menos de meia hora Diego já estava todo arrumado e eu estava deitada no sofá da sala com ele sentado ao meu lado.
‘Yay, deve ser a tia Soph!’ Falei me levantando quando a campanhia tocou. ‘Bom dia!’ Sorri para Sophia e Micael que estavam parados na minha porta com duas crianças no colo. Provavelmente eram os sobrinhos de Soph, Brian e Kevin.
‘Bom dia, amiga linda!’ Ela falou sorridente. ‘Nem vou entrar porque sei que você deve tá querendo voltar pra debaixo dos lençóis!’ Eu ri concordando. Com aquele frio e aquele barulhinho de chuva, tudo que eu queria era voltar pra cama.
‘Se comporta tá, meu amor?’ Me agachei na frente de Diego e ele sorriu. ‘Então, divirtam-se com as crianças. Aproveitem pra ir treinando.’ Pisquei para os dois na minha frente e Micael riu alto.
‘Nem vem, Lu. Tá longe ainda!’ Ele balançou a cabeça e Sophia concordou.
‘Por enquanto a gente se contenta em cuidar do filho dos outros!’ Ela riu. ‘Vamos?’ Falou olhando para as três crianças que sorriram concordando. Mandei beijos no ar e fechei a porta me espreguiçando. Pensei em ficar ali pelo sofá, mas o frio não permitia e eu voltei pro quarto.

‘Lu, vem deitar, tá cedo.’ Arthur falou com a voz arrastada e eu ri.
‘Já vou.’ Entrei no banheiro e prendi meu cabelo novamente já que estava todo bagunçado, aproveitei e escovei os dentes. Tenho mania de sempre que levantar escovar logo os dentes, aliás, acho essa mania ótima, melhor do que ficar por aí com bafo matinal. Sorri com meus pensamentos e sai do banheiro correndo me jogando na cama fazendo Arthur rir.
‘Bom diia!’ Sorri sincera dando um selinho nele. Arthur me puxou pela cintura me fazendo deitar ao seu lado de frente pra ele. ‘Tá frio.’ Falei me encolhendo e ele puxou o cobertor grosso para me cobrir mais. Fiquei acariciando sua nuca, com o rosto em seu pescoço enquanto sua respiração batia em ouvido me fazendo sorrir.
‘O Diego já foi?’ Ele perguntou depois de alguns minutos enquanto fazia carinho em minhas costas e eu sussurrei um uhum abafado. ‘A gente podia passar o dia todo na cama né?’ Ele falou rindo e me abraçando mais apertado.
‘Larga de ser preguiçoso, Arthur.’ Eu dei um tapinha em seu peito.
‘E quem disse que a gente vai ficar dormindo? Tem coisas bem melhores pra se fazer em uma cama.’ Ele mordeu de leve minha orelha e eu ri baixo.
‘Larga de ser tarado, então.’ Falei levantando minha cabeça pra olha-lo. ‘A gente pode assistir filme!’ Sorri idiotamente e ele fez careta.
‘Ainda prefiro ficar na cama.’ Ele deu de ombros.
‘Ah Arthur, larga de ser chato, vaaai.’ Fiz manha e ele riu.
‘Em um minuto você já disse que eu sou preguiçoso, tarado e chato. Porque você ainda tá comigo mesmo?’ Ele fez bico e eu sorri.
‘Porque você é o pai do meu filho, oras.’ Falei indiferente e ele ficou me olhando.
‘Então tá, amanhã eu faço as malas e vou embora.’ Ele deu novamente de ombros e eu ri.
‘Até parece que você vive sem o Diego.’
‘Não, por isso mesmo que eu vou levar ele comigo.’
‘Até parece que você vive sem mim também.’ Fiz uma cara convencida e ele arqueou a sobrancelha.
‘Arranjo uma pra substituir você rapidinho.’ Ele falou sério e eu dei um tapa, um tanto quanto forte em seu braço. ‘Outch!’ Ele fez cara de dor, mas riu.
‘Idiota!’ Falei rindo e me afastando dele, mas com um só braço ele me puxou pra perto de novo.
‘Então diz que eu não sou preguiçoso, nem tarado e nem chato.’ Eu rolei os olhos ele riu me segurando pela cintura com os dois braços.
‘Você não é preguiçoso, nem tarado e nem chato.’ Falei com uma voz de tédio. ‘Satisfeito?’
‘Se eu não sou nada disso, eu sou o quê então?’ Ele sorriu.
‘Hm, o pai do meu filho!’ Falei como se tivesse feito uma super descoberta.
‘Só isso?’ Ele falou de um jeito sexy aproximando o rosto do meu. Eu mordi o lábio inferior e concordei balançando a cabeça e soltando um
uhum. ‘Tem certeza?’ Ele se aproximou mais e eu de novo fiz um uhum. ‘Você só sabe falar isso?’ Novamente fiz o uhum e ele rolou os olhos com o rosto próximo ao meu. ‘Então ocupa a boca com outra coisa, porque esse uhum irrita, Lu!’ Eu ia rir desse comentário dele, mas antes que o fizesse Arthur já tinha grudado a boca na minha.
Ele ficou por cima de mim se encaixando entre minhas pernas enquanto eu bagunçava seu cabelo e brincava com o elástico da boxer de ursinhos dele.
Minha blusa já estava quase toda levantada quando o barulho de um trovão fez com que Arthur desse um pulo pro lado, mas como estávamos na beirada da cama ele acabou caindo no chão. Eu não sabia se ficava com pena da cara de dor dele ou se ria.
‘Ai, tadinho, tadinho.’ Falei rindo e me ajoelhando no chão ao lado dele. ‘Bateu a cabeça?’ Perguntei um pouco preocupada tentando parar de rir.
‘Bati, tá sangrando?’ Ele fez uma cara desesperada e eu desisti de controlar o riso.
‘Claro que não, babaca!’ Dei língua e estendi a mão pra ele se levantar. ‘Vai, levanta logo daí!’
‘Sua preocupação comigo me comove, Lua.’ Ele fez uma cara brava e eu apertei suas bochechas.
‘Own, desculpa. Mas foi engraçado, vai.’ Ri passando meus braços por seu pescoço.
‘Claro, não foi você.’ Ele esfregou a nuca fazendo careta.
‘Tá, não riu mais.’ Dei um selinho nele e sorri. ‘Tô com fome.’
‘Eu também.’ Ele passou a mão na barriga.
‘Então vamos comer!’ Falei com uma cara obvia e ele riu. ‘Me carrega até a cozinha?’ Pedi com uma cara de criança e antes que ele respondesse pulei cruzando minhas pernas em sua cintura.
‘Pouco folgada você né?’ Ele arqueou a sobrancelha e eu beijei sua bochecha.
‘Vamos logo que eu tô com fome!’ Me agarrei mais em seu pescoço e ele resmungou baixo indo até a cozinha.


Algumas horas depois estávamos no sofá vendo a reprise do programa do Paul O’Grady e rindo das coisas que ele falava.
‘Cara eu amo o Paul, se ele fosse mais novo eu...’
‘Não continua essa frase!’ Arthur falou me olhando estranho e eu ri alto. ‘Até o Paul.’ Ele balançou a cabeça e eu dei um soquinho em seu braço. ‘Vamos ver filme de terror?’ Ele falou de repente.
‘Ah não, Arthur. Eu tenho medo.’ Fiz bico e ele riu. ‘É sério, odeio filme de terror, depois fico sem dormir por dias!’ Falei lembrando da ultima vez que vi um filme de terror.
‘Ná, mas agora você dorme comigo, não vai ter medo de nada.’ Ele sorriu convencido e eu arqueei a sobrancelha. ‘Eu tenho o dvd do Exorcista.’ Arthur sorriu animado e eu me desesperei.
‘NÃO! Não vou ver esse filme Arthur, nem sob tortura!!’ Me encolhi no sofá enquanto Arthur ria da minha cara de desespero.
‘Lu, você não vai ter pesadelo, prometo.’ Ele sentou no chão ficando de frente pra mim. ‘E quando vier as piores partes do filme você fecha os olhos.’ Ele sorriu como uma criança e eu pensei por alguns segundos.
‘Promete que não reclamar se eu começar a agarrar você no meio do filme?’ Fiz uma cara inocente e ele balançou a cabeça.
‘Me agarrar no meio do filme? Porque você não falou antes? Vou lá no quarto pegar o dvd!’ Ele se levantou correndo e me deixou rindo que nem uma idiota na sala.
Segundos depois ele voltou com o dvd. Botamos as almofadas pelo chão e deitamos no carpete, Arthur passou o braço por debaixo de mim e eu já me virei preparada pra passar as próximas horas com a cabeça enfiada no pescoço dele e morrendo de medo.
‘Lu, o filme nem começou!’ Arthur riu quando eu botei a mão no rosto antes mesmo do filme começar.
‘Não importa, já to com medo!’ Falei deitando minha cabeça em seu peito ainda com a mão no rosto. ‘Se eu tiver pesadelos vou te acordar no meio da madrugada, Arthur.’ Fiz uma voz emburrada e ele concordou balançando a cabeça.
‘Vai começar, Lu. Tira a mão dos olhos.’ Ele puxou minhas mãos me fazendo olhar pra tv e eu fiquei assistindo apenas com um olho aberto.


‘AAAAAAAAAAAH!’ Gritei desesperada enfiando a cabeça no pescoço de Arthur e apertando seu braço. Já devia ser a vigésima vez que eu repetia aquilo, e o filme mal tinha chegado à metade. Arthur apenas ria e falava coisas como: “é mentira, Lu!”, achando que aquilo iria amenizar o medo que eu estava sentindo. ‘Não quero mais ver esse filme.’ Falei com a voz chorosa.
‘Lu, pensa que tudo isso é mentira!’ Ele apontou pra tv e eu abaixei seu dedo.
‘Mas eu tenho pesadelo assim mesmo.’ Minha voz saia abafada por estar com o rosto enterrado no pescoço dele.
‘Você não vai ter pesadelo comigo ao seu lado!’ Ele se gabou e eu ri o olhando.
‘Ah é? E você vai fazer o que, bater nas assombrações?’ Fiz uma cara débil e ele deu língua.
‘Claro que vou, olha só como eu sou forte!’ Ele fez um muque se achando muito e eu gargalhei.
 ‘Arthur, olha só, você é gordo!’ Falei com ironia na voz

‘Ei, olha o respeito! Isso é excesso de gostosura.’ Ele passou a mão pela barriga e eu ri descontroladamente.
‘Ah, desculpa aí fortão, não sabia que
banha tinha mudado de nome!’ Comecei a rir mais ainda e Arthur fez uma cara emburrada. No meio do meu ataque de risos senti uma almofada batendo em meu braço. ‘Ai seu idiota!’ Joguei outra almofada nele sem parar de rir e começamos uma guerra de almofadas.
‘Desista, você não vai ganhar de mim!’ Arthur falou rindo enquanto tacava almofadas em mim e eu nele.
‘Vou sim, seu gordo! Sou mais forte que você!’ Tentei fazer um muque e segundos depois senti Arthur cair por cima de mim e prender meus pulsos no chão, em cima da minha cabeça.
‘Há, quem é mais forte agora?’ Ele deu língua enquanto eu tentava soltar meus braços. ‘Você só sai daqui quando eu quiser!’
‘Arthur, me solta!’ Fiz manha e ele balançou a cabeça negando. ‘Olha, o filme tá passando, você tá perdendo.’ Mostrei o filme na tela e ele sorriu.
‘Aqui tá mais interessante que o filme.’ Ele olhava dos meus olhos pra minha boca.
‘Tá é?’ Levantei a cabeça e mordi de leve seu lábio inferior.
‘Muuuito mais interessante.’ Ele concordou.
Mordi de novo seu lábio, só que dessa vez mais forte e ele gemeu baixinho. Eu sorri e passei minha língua por seus lábios fazendo com que ele os abrisse, depois joguei a cabeça pra trás de novo. Ele fez uma cara indignada e me beijou com pressa ainda segurando meus pulsos, tentei solta-los, mas Arthur parecia determinado a me deixar presa ali.
Ele quebrou o beijo mordendo meu lábio e foi descendo o beijo por meu pescoço, eu sentia arrepios cada vez que sua língua tocava minha pele. Senti suas mãos afrouxarem em meu pulso e lentamente elas desceram até minha cintura e coxa. Ele mordeu meu pescoço com força me fazendo soltar um gemido e eu o puxei pelo cabelo voltando a beijar sua boca.
Quando ele ia levantar minha blusa eu parti o beijo e me virei rápido ficando por cima dele com uma perna de cada lado da sua cintura.
‘Quem é o mais forte agora?’ Perguntei um pouco ofegante e ele riu com as mãos em minha cintura.
‘Ok, chega dessa de mais forte.’ Ele sentou fazendo com que minhas pernas ficassem entrelaçadas em sua cintura e eu ri baixinho enquanto ele voltava a beijar meu pescoço.
‘Arthur, desliga essa tv.’ Falei baixo.
‘Não, deixa aí. Assim fica mais excitante.’ Ele me olhou com uma cara safada e eu ri o puxando para que nossas bocas se encontrassem novamente.
Arthur foi me deitando no carpete e quando ele se deitou por cima de mim, novamente um barulho assustador nos atrapalhou.
‘Que porra é essa?’ Ele perguntou um pouco assustado e eu o olhei fazendo careta.
‘Outch, Arthur, deitamos em cima do controle!’ Falei tirando o controle da tv debaixo de mim.
Novamente outro barulho assustador e quando olhei pra tv soltei um grito.
‘Desliga, desliga, desliga!’ Falei escondendo meu rosto com as mãos e Arthur bufou irritado desligando a tv e deitando com a barriga pra baixo no carpete. ‘Desculpa.’ Fiz bico e ele sorriu em meio a uma careta de dor.
‘Segunda vez. Hoje não é nosso dia.’ Ele falou derrotado e eu ri baixo.
‘Vai, vamos procurar alguma coisa menos perigosa pra fazer, assim você não sofre tanto.’ Me levantei rindo.
‘Ah, que bom que você entende meu sofrimento.’ Ele falou ainda deitado.
‘Ah, eu posso fazer massagem em você, sabe aquela que a mulher sobe nas costas do cara?’ Falei animada e Arthur me olhou.
‘Tem certeza que isso é menos perigoso? Você pode ser um pouco pesada e... outch!’ O interrompi dando um chute em sua barriga.
‘Então fica aí deitado e eu vou fazer alguma coisa útil.’ Ia sair andando, mas Arthur segurou meu pé.
‘Larga de ser birrenta garota, agora eu quero massagem!’ Ele sorriu da forma mais fofa só porque sabia que eu ia ceder. ‘Por favooor, Lu!’ Ele fez voz de criança e eu bufei derrotada.
‘Só não reclama se a baleia aqui te esmagar.’ Falei séria e ele deu risada.
Tudo bem que eu não sabia bem como era que fazia aquelas massagens, mas não devia ser tão difícil, na tv parece ser fácil. Subi nas costas de Arthur com cuidado e morrendo de medo e aos poucos fui conseguindo me equilibrar e fazer a massagem, às vezes eu tinha uma crise de riso, mas não esmagar o Arthur já foi um grande passo.
‘Tá chega, não agüento mais.’ Desci das costas de Arthur e sentei ao seu lado. ‘Acho que vou tomar banho, daqui a pouco o Diego volta.’ Falei cansada.
‘Eu preciso de um banho gelado.’ Arthur se levantou rápido e correu pro quarto.
‘Ah não, Arthur! Falei primeiro!!’ Fui batendo os pés até o quarto, parecendo uma criança e Arthur já tinha entrado no banheiro. ‘Aguiar, eu tomo banho primeiro.’ Bati na porta e ele riu.
‘A gente toma banho junto, problema resolvido.’ Ele abriu a porta e sorriu.
‘Não!’ Cruzei os braços fazendo bico e ele deu de ombros.
‘Então tá!’ Ele ia fechando a porta novamente, mas eu segurei.
‘NÃO!’ Gritei rindo.
‘Vai tomar banho junto comigo?’ Ele me olhou e eu entrei no banheiro.
‘Não, vou pegar minhas coisas e tomar banho no banheiro de hospedes!’ Dei língua e Arthur fez cara feia. Antes de sair do banheiro dei um selinho nele e depois corri pro quarto em frente ao meu.


Meia hora depois estávamos no sofá assistindo Tartarugas Ninjas pela milésima vez, Arthur ama, e ainda me obriga a assistir junto com ele.
‘Você tá com cheirinho bom.’ Falei sorrindo e cheirando o pescoço dele.
‘E antes eu tava fedendo?’ Ele arqueou a sobrancelha.
‘Só um pouco.’ Fiz uma cara sapeca e ele riu. ‘Eu que te dei essa bermuda.’ Falei sorrindo e apontando a bermuda larga preta e branca que ele usava.
‘Sério?’
‘Uhum, foi quando você fez 19 anos.’ Sorri me lembrando do aniversário dele.
‘Sabe que eu nunca gostei muito dela?!!’ Ele comentou fazendo careta e eu belisquei sua barriga de leve.
‘Você amava essa bermuda, tá? Só vivia com ela.’ Fiz uma cara convencida e ele riu.

‘Eu já disse que você é linda?’ Ele ficou sério de repente e eu senti meu rosto queimar. Olhei pra minhas mãos mordendo o lábio, mas ele tocou meu queixo levantando meu rosto. ‘Sério Lu, você é uma das garotas mais lindas que eu já vi.’ Ele sorriu sincero e provavelmente eu já devia estar mais vermelha que tomate.
‘Então você precisa sair pra conhecer mais garotas, Arthur.’ Falei completamente sem graça e ele balançou a cabeça negando.
‘Não preciso não, eu tenho a mamãe mais bonita aqui, morando sob o mesmo teto que eu.’ Ele me deu um selinho demorado e depois beijou minha bochecha.
‘Lembra que outro dia você me perguntou por que eu tinha me apaixonado por você?’ Falei lembrando de uma conversa boba que tivemos quando estávamos com sono e não queríamos dormir. A conversa acabou com a gente discutindo os motivos que levariam uma pessoa a se apaixonar por Arthur, mas estávamos com muito sono pra falar alguma coisa que não fosse besteira. Ele balançou a cabeça concordando e eu sorri. ‘É exatamente por causa disso. Por você conseguir me surpreender sempre e em todos os sentidos.’ Falei olhando-o nos olhos e ele sorriu.
Passei a mão por seu rosto fazendo carinho e ele se aproximou passando o nariz no meu como em um beijo de esquimó. Nossas bocas se encontraram lentamente em um beijo calmo e hm... apaixonado?

O climinha clichê só não durou muito porque logo depois a campainha tocou. Dei um selinho em Arthur e me levantei pra atender a porta.
‘Ele dormiu!’ Sophia falou baixo com Diego dormindo tranquilamente em seu colo.
‘Iai, como foi lá?’ Perguntei no mesmo tom que ela.
‘Foi ótimo, só não te conto tudo porque Micael ficou no carro. Kevin tá dormindo mais que o Diego!’ Ela sorriu e eu concordei. Arthur apareceu atrás de mim, deu um beijo na testa de Sophia e pegou Diego do meu colo. ‘Deixa eu ir. Beijo amiga, amanhã te ligo!’ Ela beijou minha bochecha e depois saiu apressada. Fechei a porta e fui até o quarto de Diego.

‘Lu, pega uma roupa pra ele dormir.’ Arthur falou baixo tirando a roupinha que eu tinha botado mais cedo em Diego. Peguei uma roupa de dormir pra ele e o vesti com a ajuda de Arthur. ‘Pronto.’ Ele sorriu ajeitando a roupa do filho.
‘Agora quem precisa dormir sou eu, to cansada.’ Falei desanimada.
‘É, eu também.’ Arthur concordou e deu um beijo na cabeça de Diego. Eu sorri e fiz o mesmo.

‘Boa noite.’ Ele falou quando já estávamos deitados na cama. Ele me abraçou por trás e eu sorri.
‘Boa noite.’ Respondi baixo enquanto sentia sua respiração em meu pescoço.


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